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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Em Serra Talhada, prefeitura começa calçamento de 17 ruas no bairro da Cohab

 imagem ilustrativa
 
A Prefeitura Municipal de Serra Talhada dá mais um grande passo para o desenvolvimento da cidade, com a Ordem de Serviços para a pavimentação com calçamento de 17 ruas no bairro da Cohab, que acontece na tarde desta terça, dia 10, às 16h30, na Rua Sargento João Eliodoro. 

Os investimentos dessa obra para infraestrutura foram conquistados em setembro, a partir de emendas assinadas pelo Senador licenciado e atual Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Armando Monteiro. 

Segundo o Secretário de Obras e Infraestrutura, Cristiano Menezes, os benefícios não ficam só para o bairro da Cohab. “Foram conquistados 300 mil reais, referentes a parcelas de recursos destinados para investimentos em infraestrutura, não só da Cohab, mas também para os bairros Caxixola e Borborema”. 

“Outra novidade para o bairro da Cohab, foi a aprovação do projeto para a construção do Centro Integrado de Esportes, que até o natal, será dado a ordem de serviço”, afirma o secretário. 

Para os investimentos da Caxixola e Borborema, os investimentos foram possíveis por meio do Deputado Federal Gonzaga Patriota, que, assim como Armando Monteiro, vem contribuindo para o crescimento de Serra Talhada. 

“A chegada dos recursos e o início das obras em tão pouco tempo, mostra a capacidade que o governo tem de ir atrás de investimentos estruturadores para o município, fazendo as parcerias necessárias e trabalhando com empenho e determinação pelo povo serra-talhadense” finalizou o Prefeito Luciano Duque.

CONQUISTA: BETH DE OXUM VAI RECEBER A ORDEM DO MÉRITO CULTURAL 2015

Presença firme e inspiradora nas muitas frentes de luta pela cultura popular, em defesa da liberdade dos cultos e tradições de matrizes africanas e também por mais democracia e pluralidade na comunicação, a importância da pernambucana Beth de Oxum para a cultura brasileira será finalmente registrada na próxima segunda-feira, 9 de novembro. A coquista será uma das agraciadas com a Ordem do Mérito Cultural 2015 e, juntamente com a Sociedade Musical Curica, que também é patrimônio vivo do estado, vai representar a força da cultura pernambucana na premiação deste ano.
Toni Braga/Secult-pe
Toni Braga/Secult-pe
Beth de Oxum recebeu a equipe do Cultura.PE em Olinda.
O reconhecimento nacional é também fruto do decisivo papel que Beth cumpre no bairro de Guadalupe, comunidade periférica de Olinda, onde atua diariamente em questões relacionadas a conflitos de classe, etnicidade, gênero, inovações tecnológicas, consumo, identidade, maternidade e, claro, cultura e arte. “Eu acho importante pela luta de afirmar principalmente os brinquedos de rua. As brincadeiras nascem nos terreiros mas se materializam nas ruas . O prêmio favorece na perspectiva de firmar, legitimar essa cultura e articular em rede”, avalia a coquista.
Ialorixá do Terreiro Ilê Axé Oxum Karê, coordenadora do Ponto de Cultura Coco de Umbigada – que há 20 anos consecutivos realiza a Sambada de Coco do Guadalupe – Beth vai receber mais um prêmio na próxima semana. Desta vez, das mãos da chefe maior da nação. A Ordem do Mérito cultural 2015, instituída por Lei federal em 1991, condecora personalidades, órgãos e entidades públicas e privadas nacionais e estrangeiras com reconhecida contribuição à cultura brasileira. Beth foi indicada à Ordem do Mérito por uma série de entidades e pessoas públicas, entre elas, a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, a Deputada Federal Jandira Feghali, a Federação dos Cocos de Roda de Pernambuco, e o Colegiado de Culturas Afro-brasileiras do Conselho Nacional de Política Cultura. A premiação acontece no Palácio do Planalto, em Brasília.
Premiações já fazem parte da trajetória de Beth, nas mais diversas frentes em que atua, dentro da cultura. Um dia após receber a comanda da Ordem do Mérito Cultural, das mãos da presidente Dilma Rousseff, ainda em Brasília, na terça-feira (10), Beth estará na final do Prêmio Fundação do Banco do Brasil de Tecnologia Social, onde é finalista, através do Coco de Umbigada, na categoria “Juventude”, com o projeto do game “Contos de Ifá”. O produto foi desenvolvido por alunos de uma oficina promovida pelo Coco de Umbigada, por meio de um outro edital, desta vez, incentivado pela Fundação Palmares.  “Eu busco coisas com todo mundo. Tenho vários parceiros. Esse foi um edital aberto e conseguimos juntar 150 jovens. Oferecemos curso de produção cultural, web designer, desenho de produtor gráficos, operação de áudio e percussão popular”, conta. O game premiado (pode ser acessado através do endereço www.contosdeifa.com) pretende, através de estratégias comuns a jogos eletrônicos, descriminar crenças que impedem a compreensão do culto aos orixás, principalmente entre os mais jovens.
Reconhecimento
O financiamento de projetos através de prêmios acompanha a trajetória de Beth desde que seu Coco de Umbigada – já atuante na vida social e cultural do bairro de Guadalupe, transformou-se em Ponto de Cultura, em 2004, no primeiro edital deste programa lançado pelo Ministério da Cultura. “A gente já tinha muito conteúdo para produzir. Recebemos um dos kits que foram oferecidos pelo MinC, com quatro computadores. Montamos nosso primeiro telecentro, e a comunidade passou a ter acesso à internet”. Depois do acesso, veio o conhecimento. E os meninos passaram a produzir diversos conteúdos.

Beth não deixou as demais oportunidades escaparem. E foi assim que venceu o Prêmio Pontos de Mídias Livres, também do Ministério da Cultura. Através dele, vieram os primeiros equipamentos da rádio Amnésia, uma experiência coletiva que começou itinerante (chegou a ser instalada em algumas comunidades urbanas e rurais do Nordeste) e, quando chegou ao Ponto de Cultura Coco de Umbigada, não saiu mais de lá. Beth conta que esta apropriação da rádio levou ao empoderamento do coletivo. O prêmio consolidou o trabalho da rádio, com aquisição de equipamentos próprios e novas atividades de formação, utilizando recursos da Funarte obtidos através do prêmio “Residências artísticas – interações estéticas em pontos de cultura”, com o projeto “Coco-rádio-arte”. “Nesta época, percorremos cinco pontos de cultura, dando oficinas de gravação de áudio e vídeo, nas cinco regiões do país”, conta Beth.
Outro prêmio importante que veio fortalecer e dar ainda mais evidência ao trabalho da Umbigada foi o que permitiu que mestres do coco – Dona Selma, Aurinha, Zeca do Rolete, Pombo Roxo, entre outros – fossem vistos como mestres griôs. Eles recebiam uma bolsa para dar aulas na escola. “Passamos (o ano de ) 2009 inteiro indo às escolas e depois trouxemos as escolas para cá, para receber os ensinamentos que só se aprende nos terreiros das culturas populares. A ideia foi aproximar os saberes científicos e populares”, diz Beth.
Costa Neto
Costa Neto
A coquista em apresentação do Coco de Umbigada na Torre Malakoff (2013).
Por isso que as apresentações do Coco de Umbigada, as atividades da rádio Amnésia, as oficinas que realiza, e todos os encontros – seja de música tradição, seja de religião africana – têm como base o sentido de busca por identidade, pertencimento, empoderamento. “No início nos ancoramos na nossa fé, em Oxum, em Orixalá, depois nas articulações em rede, nos coletivos, nos arranjos produtivos locais que estamos desenvolvendo. Se a gente fosse depender apenas dos editais a gente não teria mantido a sambada por vinte anos. Fazemos a dimensão da troca como moeda social”, ensina mãe Beth.
Trajetória
Mãe Beth de Oxum é sacerdotisa de matriz africana, Iyalorixá , cantadora de coco, produtora há 20 anos da Sambada de Coco do Guadalupe, mãe de muitos filhos, presidente da Federação dos Coco de Roda de Pernambuco; conselheira do segmento de Costumes e Saberes do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Olinda; coordenadora pedagógica do projeto Brincadeiras de Terreiros, que envolve diversos terreiros de matriz africana da Região Metropolitana do Recife e Mata Norte de Pernambuco. Entre tantos projetos dos quais também faz parte, é coordenadora do NUFAC OLINDA – Núcleo de Formação de Agentes de Cultura da Juventude Negra, um projeto em rede, presente em 17 estados. Integra o Coletivo de Comunicação e Hiper Mídias Nordeste Livre e o Coletivo da Rádio Amnésia – FM 89,5; coordena o Cineclube Macaíba e  integra a Yalodê – Rede de Mulheres de Terreiros.

IX ENCONTRO DAS CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS 20 a 29 de novembro 2015

Serra Talhada é conhecida como a capital do xaxado e fica a 415 km da capital pernambucana, Recife. Serra Talhada é a segunda cidade mais importante do Sertão de Pernambuco. Cidade polo em saúde, educação e comércio, possui uma população superior a 80 mil habitantes. É a terra natal do cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva (Lampião).
Serra Talhada era uma fazenda de criação pertencente ao português Agostinho Nunes de Magalhães. Recebeu este nome, Serra Talhada, devido ao fato de que perto do local há uma montanha cujo formato dá a ideia de que foi cortada a prumo.
Seu crescimento se deu em função de sua posição estratégica, no cruzamento das estradas de acesso à Paraíba, Bahia e Ceará.
Com a Lei Provincial nº 280, de 6 de maio de 1851, agregando a seu território a então Vila Bela e a Comarca de Flores, foi elevada à categoria de município.
Administrativamente, o município é formado pela sede e pelos distritos de Bernardo Vieira, Pajeú, Tauapiranga, Caiçarinha da Penha, Logradouro, Luanda, Santa Rita e Varzinha.
Um dos seus mais importantes patrimônios é a feira de Serra Talhada, que hoje tem aproximadamente 220 anos, sendo que desde a primeira vez que aconteceu na segunda-feira, continua até hoje sendo realizada neste mesmo dia da semana.
Com o comércio surgido pelo ajuntamento dos vaqueiros, peões e tropeiros, a fazenda começa a tomar ares de povoado e logo se transforma em Villa Bella, nome adotado quando de sua emancipação de Flores, até então cabeça de comarca, em 6 de Maio de 1851. A partir dessa data passa a ter um intendente, o Coronel da Guarda Nacional Manoel Pereira da Silva Comendador da Ordem da Rosa e de Cristo neto do fidalgo da Casa da Torre José Carlos Rodrigues e sua esposa Ana Joana Pereira da Cunha, fundadores das históricas Fazendas Sabonete, Carnaúba, patriarcas da poderosa família Pereira que foram senhores e barões de toda ribeira do Pajeú, verdadeiros ícones do coronelismo brasileiro.
Em 1893 é instalada a primeira Câmara Municipal de Serra Talhada e eleito seu primeiro prefeito, Andrelino Pereira da Silva, o Barão do Pajeú. Somente em 1939, por um decreto do então governador Agamenon Magalhães, Villa Bella recebe de volta seu nome de origem e passa a chamar-se Serra Talhada – “Terra de cabra Macho”.

ENCONTRO DAS CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS

                O Encontro reunirá lideranças dos povos e comunidades tradicionais, Mestres e Mestras das expressões culturais populares e interlocutores destes segmentos de todo o país, além de artistas e outras representações em grupos de trabalho, comissões, colegiados, conselhos e outras instâncias de pactuação da sociedade civil com o Estado para a elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas.
                A Rede de Culturas Populares e Tradicionais é um movimento gestado no início dos anos 2000 e que, hoje, reúne mais de 25 mil pessoas de todo o país em permanente debate sobre os problemas e as potencialidades do setor, contribuindo para sua estruturação, reconhecimento e desenvolvimento sociocultural. Através de suas instâncias, sendo o Encontro a principal delas, seus membros vivenciam profundamente e intercambiam aspectos da diversidade cultural brasileira, abrangendo as Culturas Populares, o Artesanato, o Hip Hop, as Culturas Indígenas, o Circo, o Teatro de Rua, o Patrimônio Imaterial, as Culturas Afro-brasileiras, Povos de Matriz Africana e outros Povos e Comunidades Tradicionais.

                Uma grande mostra cultural abordará a produção artística, a culinária, o artesanato e a religiosidade, além de outros aspectos fundamentais do universo simbólico popular e tradicional, partindo-se da diversidade nacional para estabelecer um diálogo com as matrizes culturais nordestinas, sobretudo a Pernambucana e, em especial, a do Vale do Pajeú. Nesta região encontra-se a cidade de Serra Talhada, berço de Lampião e capital do Xaxado, escolhida como sede do Encontro, o nono desde que a Rede ganhou estrutura formal em 2006. Exposições, rodas de conversa, mostra de cultura alimentar, feira de artesanato, vivências e apresentações recriarão o ambiente das festas populares e tradicionais
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